PS diz que executivo prefere lançar "nuvem de fumo" em vez de governar
"O Partido Socialista quer mostrar estranheza por, mais uma vez, o porta-voz do PSD ter vindo a público lançar uma nuvem de fumo em véspera de eleições europeias", disse José Luís Carneiro, lembrando que, "ainda há dias, o PS apresentou um conjunto de propostas muito concretas sobre a forma como, por exemplo, se deve reformar os poderes locais e regionais".
José Luís Carneiro frisou, ainda, que o PS tem apresentado "propostas relativamente à lei de enquadramento orçamental", assim como para "a reforma do sistema fiscal" e "em relação ao IVA e à eletricidade", pelo que entende que "é o governo que se especializa em atacar o líder da oposição em vez de governar".
"Deve ser caso único, na União Europeia, um governo que em vez de governar se especializa em atacar o líder do maior partido da oposição e, ao mesmo tempo, em distrair os cidadãos daqueles que são os problemas centrais com que estamos confrontados", considerou José Luís Carneiro.
Para o líder da Distrital do PS/Porto, os principais "esclarecimentos" a exigir devem ser feitos ao PSD, "nomeadamente àqueles que têm responsabilidades especiais no governo", no que diz respeito "aos objetivos da Comissão de Reforma da Segurança Social".
"Quer ou não o governo privatizar a Segurança Social?", questionou José Luís Carneiro, considerando que terá sido o executivo que, "desde a primeira hora em que dialogou com o PS, apenas desejava avançar com cortes cegos na estrutura do Estado, nomeadamente em relação às suas funções sociais", algo que o PS "já há muito tempo disse não aceitar".
As declarações do líder da Distrital do PS/Porto foram feitas a propósito do desafio feito pelo porta-voz do PSD, Marco António Costa, ao líder do PS, António José Seguro, para que apresentasse "reformas" e "números" concretos.
O porta-voz do PSD reagia às declarações feitas por Seguro no encerramento da conferência "Uma administração pública eficiente e com qualidade", em que reiterou a importância de "equilibrar as contas públicas", admitindo que esse objetivo "justifica ter um limite nominal para a despesa corrente", mas sem especificar.